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Financiamento de carros ou consórcio: o que compensa mais

No momento de decidir a maneira de adquirir o carro próprio é comum surgir a dúvida: financiamento ou consórcio? Saiba qual o melhor!

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Financiamento automotivo

No momento de decidir a maneira de adquirir o carro próprio é comum surgir a dúvida: financiamento ou consórcio? Logo, muitas pessoas te aconselharam a fugir de ambos, uma vez que estes cobram taxas altas, que fazem você pagar muito mais do que se tivesse comprado o veículo à vista.

De acordo com Claudia Yoshinaga, coordenadora dos centros de estudos em finanças da FGV, em termos de matemática financeira, nem financiamento nem consórcio são opções ideais. O recomendado é economizar dinheiro e comprar à vista. Ela aconselhou sobre a importância de planejar com cuidado, ter paciência e reavaliar a necessidade real de fazer a compra por meio de financiamento ou consórcio.

Todavia, quando o assunto é a compra de um bem de valor alto, como é o caso de carros, poucas pessoas conseguem ter o dinheiro para comprar à vista. Logo, recorrem aos financiamentos ou consórcios, contudo, antes de optar por um dos dois é importante entender melhor as diferenças entre eles.

Uma das principais distinções entre o consórcio e o financiamento reside no fato de que, no consórcio, pode levar mais tempo para adquirir o bem desejado, enquanto o financiamento permite acesso quase imediato ao objeto da compra, seja ele um automóvel ou uma propriedade residencial, embora envolve uma dívida.

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Consórcio

O consórcio funciona da seguinte maneira, diversos compradores reúnem-se para pagar mensalmente as parcelas para adquirir o bem de interesse comum. Todavia, apenas uma minoria é que recebe no mês a carta de crédito para comprar o automóvel. Assim sendo, é necessário que quem opta por esta modalidade tenha, também, sorte.

De acordo com Conrado Navarro, especialista em Finanças e sócio da fintech Grão, os sorteios e maiores lances são as formas utilizadas para determinar quem receberá a carta de crédito primeiro, seja para um automóvel ou imóvel, porém, nenhuma dessas opções garante um acesso rápido ao bem.

Embora o lance possa ajudar nesse sentido, o valor necessário para vencer um consórcio de um bem semelhante pode ser maior do que o valor normalmente utilizado como entrada em um financiamento. Por esse motivo, os indivíduos mais impacientes tendem a preferir o financiamento.

As taxas cobradas por empresas que gerenciam consórcios gira em torno de 20% do valor do automóvel para administrar o processo. Vale destacar que, ao desistir do consórcio, antes de receber o valor já entregue, você deve arcar com uma multa de desistência, esta costuma ser de 10% a 30% do valor que já foi pago. Confira algumas vantagens em optar pelo consórcio:

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  • Parcelas menores e valor total mais baixo em relação a um financiamento;
  • Não se configura imediatamente como uma dívida;
  • Possibilidade de resistência e reembolso do dinheiro investido, ainda que com descontos e multas;
  • Alternativa de parcelas mais acessíveis no início e valores mais altos somente após a contemplação;
  • Não requer um valor de entrada;
  • Não há cobrança de taxas de juros;
  • Recomendado para pessoas que têm dificuldade em economizar dinheiro.

Financiamento

Ao decidir pelo financiamento para comprar um carro é necessário ter uma entrada inicial, esta é uma exigência da maioria das financiadoras. Além disso, aquelas que não exigem entradas costumam ter uma taxa de juros bem maiores, o que é com certeza uma desvantagem.

Esse simples fato de exigir entrada, muitas das vezes é visto por aqueles que não contam com dinheiro no caixa, como um ponto negativo, já que o consórcio não tem essa exigência, mas sim, divide a carta de crédito em número de parcelas.

De acordo com a educadora financeira Luciana Ikedo, é provável que as pessoas que possuem uma boa organização financeira se adaptem melhor a um financiamento, uma vez que elas levam em consideração todos os custos extras que acompanham as parcelas do financiamento, tais como despesas de mudança , reforma, compra de móveis, condomínio e IPTU no caso de imóveis e manutenção, combustível, estacionamento, seguro e IPVA no caso de financiamento de veículos.

O financiamento é uma modalidade de empréstimo que implica em uma dívida com juros que deve ser paga em um período de tempo definido. O perfil do consumidor, quanto pagar as dívidas em dias ou não, pode influenciar as condições do financiamento, sendo mais difícil ou com valor mais elevado para aqueles que têm o nome sujo, obterem taxas de juros seguras.

Os juros do financiamento podem variar de acordo com as condições do cenário macroeconômico. Atualmente, a taxa básica de juros do Brasil, a Selic, está em um nível de 13,75% ao ano.

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Os prazos dos financiamentos são maiores que dos consórcios, além disso, nesta modalidade o bem em questão é usado como garantia em casos de inadimplência, logo, o financiamento pode tornar-se uma forma de endividamento. Vale ressaltar que o financiamento oferece vantagens como:

  • Prazos mais longos de até 35 anos para imóveis e até 5 anos para veículos;
  • Taxas mais baixas;
  • É possível contratar uma parcela que caiba no orçamento;
  • O recebimento do bem é imediato.

Enfim, no momento de decidir entre um financiamento ou consórcio é importante levar em consideração aquele que melhor encaixa-se ao seu orçamento e está atento ao índice de correção, para que seja o menos volátil possível.

Este conteúdo foi produzido com exclusividade para o Jornal 4 Cantos pela redação do Dificio.com.br – seu dicionário on-line de finanças, investimentos e contabilidade.

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